27 de janeiro de 2009

Já dizia o general DeGaulle...

-Le Brésil n’est pas um pays sérieux-

Alguém pode me explicar de forma sensata como numa república democrática um cidadão de bem precisa PROVAR algo para conseguir algo necessário para poder ser OBRIGADO a fazer outra?
Sim, poder ser obrigado. Apesar de soar estranho, é exatamente isso que ocorreu comigo ao longo da semana. Como todos sabem, quando um rapaz completa 18 anos aparece o famigerado serviço militar na vida dele, mesmo que não suporte a idéia de segurar num fuzil ou obedecer ordens de algum "superior". Mas, para se conseguir o luxo de ser obrigado a tal diversão, o rapaz deve correr atrás do título de eleitor. E é aí que começa a minha história.
Um belo dia de verão, saio de minha casa com o intuito de resolver meus problemas. E sim, tirar o maldito título fazia parte do rol de problemas. Depois de percorrer o centro da cidade sem achar o TRE, retorno em outra ocasião e descubro que o atendimento ocorre entre 11 e 18 horas. Nada mal, os funcionários devem jogar umas partidinhas de buraco de 10 mil até.
Fato -> Em época de eleição o TRE fica um caos, mas no restante do tempo fica às moscas.
Pois bem, como estava acompanhado de uma moça residente de outro bairro, fui em direção à Zona eleitoral dela antes (e bota zona nisso). Boa música (orinoco's flow!), ar condicionado, e uma funcionária de bem com a vida, sorridente e atenciosa. Título tirado, era hora de ir em direção à minha zona. Deve ser mandinga de alguém que eu já enchi a paciência, mas sempre que eu preciso de algum tipo de serviço público, encaro um funcionário cujo parceiro dormiu de calça jeans. Sabe cartaz de "procura-se balconista. exigido boa aparência e simpatia"? Devia ser o primeiro item do edital de concurso público! A capacidade do pessoal que trabalha em locais onde não existe a pressão do setor privado de criar emaranhados de regras, labirintos de taxas e até a criatividade de inventar nomes de documentos só pra fuder com sua vida é inacreditável!
Mas pq escrevo isso? Pelo simples fato de que a mulher -na ausencia de um comprovante de residencia, que a funcionaria anterior desprezou- duvidou da minha palavra de cidadão honesto e pagador de impostos. VÁ PRO INFERNO, ela que prove que não moro onde falei. Mania idiota de duvidar putaquipariu. Seria engraçado se não fosse cômico. Eu preciso provar que moro onde falo pra poder me alistar no serviço militar e ficar um ano longe de casa! G-E-N-I-A-L!
Enfim, somente hoje -com comprovante de residencia- consegui ter em mãos o treco (feio pro diabo, aliás). Agora, quem perguntou se eu quero ter esse título? Mas isso fica pra próxima postagem. Aguardem.

4 Comentários:

Blogger Josué de Oliveira disse...

Essa é a saga que todo mundo que completa dezoito anos tem que enfrentar. Ano passado foi a mesma coisa comigo, enfrentar filar(era ano eleitoral), passar pelo crivo das forças armadas... e dane-se se você deseja isso tudo ou não.

E chamam isso de República. Eu não deveria ser obrigado a me alistar ou a votar se realmente vivesse numa República. Ponto.

27 janeiro, 2009  
Blogger Lucas disse...

bom...ateh q vc nao foi tao mal. ano passado qnd fui me alistar um coitado foi la de bermuda e nao pode se alistar (outro alem de mim heaueahea) e depois pra completra fui direto tirar o titulo e lá estava o cara de novo...só q tb nao pode tirar pq nao tinha o comprovante de alistamento do exercito! nada como nossa republica! \o/ aheuhae

27 janeiro, 2009  
Anonymous Anônimo disse...

hahahaha

-se fudeu. HAHAHAHAHAHAHAHA

-moguerçando na hora do almoço.

28 janeiro, 2009  
Anonymous Anônimo disse...

Queria ter o desprendimento social que sucinta comentários como os da Bia, acima.

28 janeiro, 2009  

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