22 de março de 2010

Charlie the Unicorn



youtube.com/watch?v=CsGYh8AacgY

Eu sei que esta animação é para lá de antiga, mas ela não deixa de me encantar cada vez que a vejo. Quem a achar idiota pode expressar seus sentimentos nos comentário (Shun the nonbeliever! .. Shuuuunnnah!!)

Publicada originalmente no Newgrounds, ela logo reuniu uma legião de fãs. Seu autor, até o momento, publicou ainda dois outros vídeos (que podem ser encontrados na sua página no Newgrounds) como forma de continuação da saga do sério e desafortunado quadrúpede.

20 de março de 2010

Thelonius Monk ao cair da tarde | Luis Nassif

18 de março de 2010

A “América profunda” está de volta

A “América profunda” está de volta: "

Nos artigos do Le Monde Diplomatique, retratos do ultraconservadorismo que alimenta a ascensão de Sarah Palin e do Tea Party


O lado mais conservador da sociedade norte-americana mostrou os músculos na noite deste sábado. O chamado Tea Party — uma articulação informal, mas capilarizada e muito ativa, dos setores que não se conformam com a presença de Barack Obama na Casa Branca — realizou sua convenção nacional em Nashville, Tennesse. Provenientes de todas as partes do país, os cerca de 1100 delegados fizeram de Sarah Palin, ex-candidata a vice-presidente, sua grande estrela.

Oradora final, ela foi aplaudida de pé durante vários minutos. Em seu discurso, pelo qual teria cobrado 100 mil dólares, desfiou um conjunto de chavões neoliberais e neoconservadores pouco coerentes entre si — mas muito atrativos para a plateia a que se dirigiam. Fustigou o aumento das despesas do governo, resultado tanto do esforço para relançar a economia (e aliviar a dor dos mais atingidos pela crise), quanto para salvar instituições financeiras. Comparou o déficit público a um “roubo generacional”. Pediu apoio aos candidatos (às eleições legislativas) que “entendam os princípios do livre-mercado e da responsabilidade pessoal”, retomando um conceito muito repetido por Margareth Thatcher, para repelir políticas sociais distributivistas.
Preconizou, ao mesmo tempo, a retomada do papel imperial dos Estados Unidos — a grande fonte do déficit público. Sugeriu que Obama é antipatriótico, “ao pedir desculpas pela América”. Retomou a ideia de que o país está em guerra contra o terror — e “para vencê-la, precisamos de um comandante-em-chefe, não de um professor de Direito”. Afirmou que os EUA “estão prontos para outra revolução”, procurando inflar o crescimento do Tea Party e apresentá-lo como um contraponto ao poder de mobilização demonstrado por Obama em sua campanha à Presidência.

Exageros à parte, o movimento que fez sua convenção nacional sábado, em Nashville, é um dos grandes fenômenos do cenário político atual, nos EUA. Articulando ideias ultra-conservadoras com elementos da organização horizontal em rede, o Tea Party realizou centenas de reuniões no ano passado. Aproveita-se das dificuldades evidentes de Obama em seu início de mandato, das frustrações que se seguiram e da paralisia da esquerda. Entre diversos textos que jogam luz sobre a direita norte-americana, na Biblioteca Diplô, um, em especial, ajuda a compreender o caldo de cultura de que se nutre este movimento.

Publicado em fevereiro de 2004, foi redigido por Tom Frank, diretor da revista The Blaffer, de Chicago. Descreve uma importante alteração na paisagem político-ideológica dos EUA, iniciada nos anos 1960 e com repercussões ainda hoje. Nesse período, relata Frank, o Partido Republicano conseguiu construir, para si mesmos uma imagem mais complexa do que a de simples “representante dos patrões e da elite econômica”. Ele associou a si mesmo o selo de defensor “do povo humilde”, da “América profunda” que se orgulha de sua capacidade de iniciativa, crê em Deus e rejeita intelectualismo e “intromissão” do Estado.

Também foi capaz de construir, para a esquerda, uma caricatura impopular: a de uma minoria esnobe e arruaceira, que usa piercing,defende o aborto e o casamento homossexual, prefere carros importados, desperdiça dinheiro em restaurantes e bares caros e está sempre disposta a propor mais gastos públicos e aumentos de impostos.

Detalhe desconcertante: esta virada tornou-se mais fácil, sempre segundo Frank, porque a própria esquerda norte-americana a alimenta. Ela transformou sua militância numa espécie de selo que lhe confere pedigree e a distingue dos cidadãos comuns — vistos majoritariamente como como “caipiras” e ignorantes. Despreza os cidadãos, que agitam bandeiras de estrelas e listras — ao invés de tentar convencê-los a se somarem a combates políticos que poderiam ser majoritários. Faz da ação política mais uma “terapia individual” do que o desejo real de promover movimentos transformadores.

O ensaio provocador de Frank pode ser lido aqui. Também vale a pena consultar as dezenas de artigos disponíveis na pasta sobre os Estados Unidos da Biblioteca Diplô.

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17 de março de 2010

Rio de Janeiro

DSC03579

Algumas fotos que tirei final de semana passado (Sábado; 13/03/2010) para apresentar lá na faculdade. O tema era "cidade, gigante e intimista". Tentei mostra o lado gigante da cidade com estas fotos. Acessem o link abaixo para verem o álbum completo, comentarei algumas das fotos nele presentes aqui.

http://anjosarda.com/photos/rio/

A foto que abre esta postagem faz parte da sequência que mostra a implosão do Presídio Frei Caneca.


A imagem abaixo mostra a Avenida Presidente Getúlio Vargas. No canto esquerdo, a Central do Brasil e o Palácio Duque de Caxias.
DSC03591


A Rua da Alfândega.
DSC03599


Os Arcos da Lapa. Esta foto só pode ser tirada porque eu estava devidamente acompanhado de meu pai e do motorista (policial militar). Recomendo fortemente que em outras circunstâncias não exibam suas máquinas nas imediações.
DSC03603

Vejam o álbum completo no meu site:
http://anjosarda.com/photos/rio/

Para ampliar, basta clicar na imagem. Para ampliar mais ainda, clique na lupa que aparece acima da imagem na página do Flickr.

Recessão mundial não freia venda de armas

Recessão mundial não freia venda de armas: "Nos últimos cinco anos nações ricas e pobres reforçaram seus arsenais. Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Grécia estão entre os principais compradores"

16 de março de 2010

Eugen Bavcar



Para quem não sabe, mudei-me para São Paulo para cursar Bacharelado em Fotografia no Senac. Pretendo então, vez por outra, postar algumas coisas sobre fotografia aqui.
Minha intenção será a de entreter meus leitores, e não escrever artigos educativos. Portanto, deixarei de lado partes que possam vir a tornar meu texto cansativo. No entanto, ficarei em feliz em apresentar informações mais detalhadas em um P.S. caso requisitado nos comentários.

Passada a introdução, vamos ao assusto que é o título da postagem: Eugen Bavcar
Ele é o fotógrafo, sobre o qual tive que apresentar meu primeiro seminário. O que chama atenção em Bavcar, além de suas ótimas fotografias, é que ele fotografa a despeito do fato de ser cego.
Sim, Bavcar vê apenas com o terceiro olho, e faz fotos de deixar muitos fotógrafos que enxergam no chinelo.

Uma breve biografia:
Nasceu em 2 de outubro de 1946, em Locavec, na Eslonvênia. Aos 10 anos sofreu um acidente com um galho de árvore que deixou seu olho esquerdo inutilizado. Alguns meses depois, feriu seu olho direito na explosão de uma mina de guerra enquanto brincava. A perda da visão de seu olho direito foi gradual, processo que demorou 8 meses, tempo que Bavcar disse ter aproveitado para guardar na memória as imagens do mundo, enquanto podia.
Aos 16 anos, já completamente cego, tirou sua primeira fotografia com um Zorki 6, máquina que pegou emprestado com a irmã. Diz ele que foi para retratar alguns colegas, mas dizem por ai que foi para retratar sua amada.
Na Eslovência, Bavcar estudou História na Universidade de Liubliana e em Paris cursou Filosofia na Sorbone. Bavcar naturalizou-se francês, e foi também na França que intensificou sua atividade fotográfica.

Talvez daqui a um tempo eu escreva uma página sobre ele na Wikipédia, pois lá não existem referências sobre ele nem em Inglês nem em Português.
A propósito, Bavcar fala Francês, Espanhol, Italiano, Alemão, Inglês, Esloveno e Servo Croata (?).

Mas como ele tira as fotos sem poder ver?
Além de gostar de trabalhar a noite, iluminando a cena com sua própria luz, ainda há algumas coisa que ele usa para se orientar. Localiza o objeto por meio do tato, mede a distância, e então por meio de algumas marcas na objetiva (vulgo "lente") da máquina ajusta o foco. As vezes ele pede ajuda a crianças, até mesmo para avalizar o resultado (diz ele que as crianças são mais sinceras). Em uma foto que tirou de sua sobrinha, prendeu nela um sino para se orientar pelo som (veja vídeo no final da postagem). Diz ele também fotografar contra o vento, o que ajuda na localização do objeto.


Neste site você encontra várias fotos tiradas por Bavcar, algumas das quais comentarei a seguir.


Estes pássaros aparecem em várias de suas fotos. Trabalho de laboratório ou dupla-exposição?



A atriz Hanna Schygulla com uma coruja do lado (vejam vídeo no fim da postagem!). Bavcar fotografou a atriz e depois adicionou a imagem de uma coruja.


Light painting com a forma da Torre Eiffel.


Vídeo dos pedaços do documentário
Janela da Alma em que Bavcar aparece.
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